"O menino não perguntava
o que o homem a seu lado
fazia à beira do rio,
em julho, na manhã fria.
Foram muitas as manhãs
mas julhos, meses, nem tantos.
Foi, na certa, pouco o tempo
que o menino passou
ao lado daquele homem
à margem do rio manso.
Depois, em toda sua vida,
não houve um tempo tão grande
(pois que tempo de menino
- como rio de menino -
é maior do que o rio,
é maior do que o tempo)."
* * *
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