quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Quando eu crescer...

"Os outros meninos, um queria ser médico, outro pirata, outro engenheiro, ou advogado, ou general. Eu queria ser um pajem medieval... Mas isso não é nada. Pois hoje eu queria ser uma coisa mais louca: eu queria ser eu mesmo!"
(Mario Quintana)

Quintana tinha um olhar especial para retratar o universo infantil. Na certa seu olhar tinha muito viva a criança que fora. Seus poemas têm um atrevimento que só as crianças têm coragem de ter. E a criança dentro da gente se deleita com isso e agradece!

Lembro com saudade de como me divertia com a leitura do "Batalhão das letras" de Quintana. Eu e meu irmão mais velho compráramos o livro durante um veraneio em Torres, no saudoso Bazar Praiano... E o líamos juntos em meio a muitas risadas (a letra "x" é memorável: "Não faça xixi na xícara. O que irão dizer de ti?"). Isso em meados dos anos 80. A edição da época era ilustrada com macaquinhos e outros bichos, que eu achava hilários. Não encontrei a capa antiga na web, pena...


Também tínhamos o "Pé de pilão", cuja leitura eu, pequeninha, acompanhava com um misto de fascinação e terror. Para mim, botava medo aquela história da bruxa medonha (a fada mascarada) que transformava o menino em pato e a sua avó numa velhinha encurvada e enrugada, "seca e amarela", que "parece passa de gente, não tem cabelo nem dente". A capa da edição da L&PM, de 1980, já era algo impactante. As ilustrações eram de Edgar Koetz. Esta, encontrei! A edição atual (Ática, 2003) também conta com ilustrações muito bacanas de Gonzalo Cárcamo.

E só fui descobrir a espevitada da Lili há alguns anos atrás. "Lili inventa o mundo" veio com o casamento, parte do acervo pessoal da infância do meu marido. Então apresentamos a Lili pro filhote. Ele adorou.

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